Nesta edição do “IAPS com Você”, o Dr. Antonio Egidio Nardi traz um tema de grande relevância: o impacto dos antipsicóticos injetáveis de longa duração (LAI) comparados aos antipsicóticos orais no tratamento de esquizofrenia, com foco na redução da mortalidade.
A Esquizofrenia e o Desafio da Adesão ao Tratamento
Pacientes com esquizofrenia que recebem tratamento antipsicótico apresentam taxas de mortalidade significativamente menores em comparação com aqueles que não fazem uso da medicação. No entanto, a não adesão ao tratamento é um problema recorrente, o que muitas vezes leva à piora do quadro clínico. Para combater esse desafio, os antipsicóticos injetáveis de longa duração (LAI) têm se mostrado uma solução promissora.
Resultados da Meta-Análise
O estudo revisado no artigo “All-cause mortality risk in long-acting injectable versus oral antipsychotics in schizophrenia” mostra que pacientes que usam antipsicóticos LAI apresentam redução de 21% na mortalidade por todas as causas em comparação aos que utilizam antipsicóticos orais. Esse benefício é ainda mais evidente em pacientes com psicose de primeiro episódio.
Além disso, o estudo aponta que a mortalidade não suicida também é significativamente reduzida nos pacientes que fazem uso de antipsicóticos LAI, o que pode ser explicado pela melhor adesão ao tratamento e pelo acesso mais frequente a cuidados de saúde.
Benefícios e Desafios dos Antipsicóticos LAIades
Embora os antipsicóticos LAI sejam associados a uma menor mortalidade, ainda existem preocupações com efeitos adversos, que podem ser mais difíceis de gerenciar devido à sua administração em doses únicas e de longa duração. No entanto, os resultados sugerem que os benefícios superam esses riscos em muitos casos, especialmente na prevenção de recaídas e hospitalizações.
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